Sete… sete ANOS transpuseram
a última publicação… sete anos deixaram marca, sete anos deixaram, deixam e
deixaram (sempre!) saudades! Saudades de escrever? Sim…. Saudade de deixar de escrever
(ao ponto de ter essas melancolias, de ter lágrimas nos olhos)? Claro que sim….
Saudades….. Saudades de me sentir amado? Sim, ainda mais do que escrever… Saudades
(enormes) da minha mãe, saudades da única pessoa (a passos iguais com a avó paterna
e do meu melhor – e começo a acreditar que único – falecido – há uns trinta
anos – amigo Paulo Raposo) que se preocupava, que me questionava e me observava….
Acreditando (sim, porque
nunca irei discutir este assunto com alguém) na santíssima trindade, tive a felicidade,
na terra, na missa efémera existência, no escasso período de felicidade, de ter mãe/avó/Raposo no meu quotidiano, de os
ter na minha felicidade, de viver e partilhar todos os seus momentos…. Mas essa felicidade pariu a desinfelicidade do
desgosto pois os três, do nada morreram, desapareceram do meu e do respectivo
quotidiano, deixaram-me desamparado, desprotegido…. Os três apenas vivem, nos
dias de hoje, tal como a minha escrita, na minha percepção, nos meus
sentimentos, nas minhas lágrimas….. No meu íntimo, no deserto dos meus
conhecimentos….
Motivo de tristeza? Motivo
de alegria (escrever)? Sim, tudo é justificado nos dias que vivo…; Diversos
motivos… Diversos? Sim…. Motivos diversos que se resumem ao esbanjar tempo com simulados
“amigos” que, curiosamente, se chamam “Zé” e moram na porta ao lado, pela
tentativa de matar o tempo e respectivas preocupações com litros de álcool, com
litros de cerveja, com tudo o que te possa toldar o pensamento e existência…..
Com tudo o que nos faz sentir? Com tudo o que nos faz enganar?
São sete anos preenchidos
com a merda/porqueira do dia-a-dia (acho que com o acordo não há hífens…..quero
que se foda!); são seis/sete anos em que putos, tal como, os que servirão como
exemplo, sobrinhos chamados Diogo, afilhados João Pedro ou filhas Teresa e
Joana, crescem e desaparecem dessa merda de existência a que chamam (contra a
minha vontade) de vida, deixando apenas saudades e lagrimas na vida….
Vida sim, existência não…. Vivemos
porque respiramos, existimos porque
sofremos. Sofremos porque somos parvos; Parvos por nos preocupar, chorar ou lembrarmo-nos
de tal gente; Gente como, mais uma vez,
como padrão, sobrinhos chamados Diogo, afilhados João Pedro, filhas Teresa e
Joana ou irmãs (apenas pelo elo parental – pai – e não de sangue pois recuso
qualquer semelhança com tais bestas) Isabel ou Beatriz; gente que não merecem a
lembrança, quanto mais o meu sofrimento ou a minha saudade… Mas que, infelizmente,
as têm…..
Sete anos em que em nada me metamorfoseei,
transformei mas em que o sofrimento empubesceu; Sete anos em que o que me
rodeia cresceu e eu me preservei…..Sete anos em que me adormeci em álcool, em distracções
….. Sete anos em que deixei de escrever mas que não consegui findar as saudades,
ou a mágoa, instigadas pelas existência ou apedeutismo dos sobrinhos que sempre
se chamarão Diogo, afilhados João Pedro, filhas Teresa e Joana ou irmãs Isabel ou Beatriz….. É a vida…. Quantos
mais anos passarão????????