Intitulatio [dar-se a si próprio um título].

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Trabalho

Ah pois é, é é… Eu até sou dos sortudos que não desgosta do seu trabalho (estive para escrever “serviço” mas achei que podia ter conotação sexual)! Não posso dizer que goste dos 100 % da minha labuta mas, acho eu, que posso apelar aos 99%.
Por tal, dou ênfase à citação de Máximo Gorki: “Quando o trabalho é prazer, a vida é uma grande alegria. Quando o trabalho é dever, a vida é escravidão.”
Para quem não sabe, tal como eu não sabia, Máximo Gorki chamava-se Aleksei Maksimovitch Pechkov, viu, no início da sua carreira, as peças Pequenos Burgueses e Albergue Nocturno, representadas pela companhia de Stanislavski em Moscovo em 1902. Em 1906-13 é desterrado e acentua a actividade revolucionária. Viaja pela Alemanha, França e Estados Unidos e estabelece-se em Capri. Escreve A Mãe, A Confissão, Os Vagabundos (novelas, contos, poemas e narrativas de que, se vos aguçar a curiosidade têm sugestão - na figura - do livro), As Três Vidas, O Espião, Contos de Itália ou Thomas Gordeiev.
Dou os meus 99% à primeira parte da frase e os 1% à restante. O meu trabalho é uma grande alegria mas tenho o “dever” de aturar os filhos dos outros, os que me fazem bolçar, que abomino, os de quem não quero ser amigo mas que, para desventura extrema, tenho que aguentar todos os dias, pelo menos sete horas, a ouvi-los mexer e vê-los respirar.
Não há nada perfeito…
A única safa é que, felizmente e graças a Deus, nem todos os colegas são mental, física ou emocionalmente depauperados. Também tenho os que se inserem nos 99%.
Aqui fica uma sugestão para a frase de Gorki: “Quando o trabalho é prazer, sem aturar colegas atrofiados, a vida é uma grande alegria. Quando o trabalho é dever, apenas aturar colegas enfezados, a vida é escravidão.”